terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma viagem com o Infante

EB Coutada , João Balseiro

Uma viagem com o Infante

Um dia, estava eu numa taberna a beber um copo de água, quando toda a gente fez uma vénia. Olhei para trás para ver quem era o “figurino”.

Quando me virei, até cuspi a água! Vi que quem estava atrás era o próprio, o Infante D. Henrique!

Não perdi tempo e fiz uma vénia. Depois ele afirmou:
-Venho aqui recrutar uma tripulação de bravos homens, para decalcar os sete mares. Quem tiver essa coragem receberá uma quantia considerável de dinheiro.

Para alguém que precisa de dinheiro (como eu), isso era música para o meu ouvido.
E a minha boca, que não aguentava mais, soltou uma frase:
-Onde é que me inscrevo?
-A sua coragem é quase tão grande como os Oceanos!-disse o Infante.-

Como fui o primeiro a inscrever-me tive direito um barco. Batizei-o de: Barnacle.
Houve coisas essenciais que levei: Mantimentos (isso engloba água), agasalhos e um diário (pois queria ter uma recordação dessa façanha).

Começamos a viagem e logo no início comecei a enjoar! Estávamos quase no cabo Bojador quando adormeci. Acordei e fui comer. Acho que a comida me fez mal porque enjoei de novo. Quando acordei estávamos perante uma tempestade e também perante um gigante!

Tentamos passar por ele, mas o esforço foi em vão.
Eu perguntei-lhe:
-Que pretendes de nós?
-Não é de vós que eu pretendo, eu quero é o amor da deusa Vénus.

Fui para dentro do Barnacle, recortei os agasalhos, fiz uma almofada em forma de coração e disse:
-Dai esta prenda a Vénus, e o seu coração será conquistado.
Quando voltámos a Portugal, Bartolomeu Dias andou a pavonear-se a dizer que foi ele que dobrou o cabo das Tormentas!

Quando ouvires dizer que Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas é mentira… foi João Balseiro de Oliveira e Infante D. Henrique.

João Balseiro de Oliveira; 4º ano; 
Centro Escolar da Coutada.

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