quarta-feira, 21 de maio de 2008

Poluição Sonora

Poluição Sonora

O som é definido como a compressão mecânica ou onda longitudinal que se propaga de forma circuncêntrica em meios que tenham massa e elasticidade sejam eles sólidos, líquidos ou gasoso.
Os sons de qualquer natureza podem-se tornar insuportáveis quando emitidos em grande
volume, neste caso, o mais correcto é dizer-se que esse determinado som possui nível elevado de pressão sonora. O termo ruído pode ser utilizado em vários contextos. É algo inoportuno, indesejável, que pode prejudicar a percepção de um sinal (eléctrico, por exemplo) ou gerar desconforto (no caso de um ruído sonoro). É um atributo qualitativo (e não quantitativo). Quantitativamente mede-se, no caso de um determinado som, o seu nível de pressão sonora.
Fala-se de ruído na
comunicação quando existe qualquer factor externo à fonte emissora e receptora que prejudique a compreensão de uma mensagem. Quando se faz referência a um factor interferente sonoro, o termo barulho é mais adequado. A sensibilidade e os sons intensos pode variar de pessoa para pessoa. O ruído sonoro, em geral, é o som prejudicial à comunicação. Pode ser constituído por grande número de vibrações acústicas com relações de amplitude e fase muito altas, o que torna o seu nível de pressão sonora bastante elevado prejudicando assim os seres vivos em geral. A perda da audição é o efeito mais frequentemente associado a qualquer som, seja ele ruidoso ou não, musical ou não, que possua níveis elevados de pressão sonora, ou seja, que ultrapasse os limites de tolerância cientificamente já estabelecidos para o ouvido humano, para a maioria das pessoas, de forma gaudiosa. Esses limites de tolerância estão explicitados em diversas tabelas que relacionam os níveis de pressão sonora de sons, ruidoso ou não, e o tempo em que, sendo ultrapassado por alguém que se exponha ao mesmo, se poderá sofrer lesões auditivas.
Entende-se por
exposição o contacto de forma desprotegida a determinados níveis de pressão sonora por tempo e dose suficientes para provocar a lesão auditiva (quando são ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos). Tal facto dá-se quando "de forma desprotegida" porque entende-se que alguém que esteja protegido (usando protectores auditivos correctamente dimensionados ao risco auditivo, que é determinado através de medições conhecidas como dosimetrias) não estará em exposição ao agente agressor, (no máximo encontrar-se-á em risco de exposição).
Esta situação está presente em várias actividades da vida diária em que o contacto com sons intensos, de forma desprotegida, voluntária (ex.:uso de equipamentos de
música amplificada) ou involuntária (poluição sonora com altos níveis de pressão sonora).
Tecnicamente, não só o ruído como qualquer som, quer tenha
significado ou não, quer contenha mensagem ou não, possui uma determinável quantidade de energia que pode ser proveniente de processos ou actividades e que se propaga pelo ambiente em forma de ondas, desde a fonte produtora até o ouvido do receptor a velocidade determinável e variando sua intensidade e pressão na dependência da distância e do meio físico.
Exemplo de alguns sons considerados como ruídos simples do nosso dia-a-dia e seu nível sonoro em decibéis (dB). A partir do nível de pressão sonora de 85 dB são potencialmente danosos aos ouvidos, se o contacto com esses sons, sejam eles ruidosos ou não, durar mais de 480 minutos (8 horas):
.O ruído de uma
sala de estar chega a 40dB;
.Um grupo de amigos
conversando em tom normal chega a 55dB;
.O ruído de um
escritório chega a quase 64dB;
.Um
camião pesado em circulação chega a 74dB;
.Em
creches foram encontrados níveis de ruído superiores a 75dB;
.O tráfego de uma
avenida de grande movimento pode chegar aos 85dB;
.Trios eléctricos num Carnaval fora de época têm em média de 110 dB;
.O tráfego de uma avenida com grande movimento em obras com
britadeiras até 120dB;
.Bombas recreativas podem proporcionar até 140dB;
.Discoteca a intensidade sonora chega até 220dB.

A poluição sonora atrapalha diferentes actividades humanas, independentemente dos níveis sonoros serem potencialmente agressores aos ouvidos, a poluição sonora pode, em alguns indivíduos, causar stress, e com isto, interferir na
comunicação falada, base da convivência humana, perturbar o sono, o descanso e a relaxamento, impedir a concentração e aprendizagem, e o que é considerado mais grave, criar estado de cansaço e tensão que podem afectar significativamente o sistema nervoso e cardiovascular.
Podemos citar vários tipos de origem para o ruído e sons não ruidosos potencialmente agressivos para o órgão auditivo:
.Ruído por
trânsito de veículos
.Ruído por actividades domésticas e públicas
.Ruído
industrial
.Quando a duração de um determinado evento é superior aos limites de tolerância para a pressão sonora produzida, como pode ocorrer no caso de:
.Shows musicais e espectáculos diversos
.Alguns cultos religiosos
.Uso de equipamentos de amplificação electrónica (ex.:descodificadores de MP3)
.Práticas de
tiro
Entre outras actividades.
Poluição sonora frequente, por exemplo, através de aviões pode causar danos à saúde humana mesmo a partir de níveis de ruídos baixos. Já em 1910
Robert Koch profetizou: "Um dia a humanidade terá que lutar contra a poluição sonora, assim como contra a cólera e a peste".
O ponto de ataque da poluição sonora não é o
aparelho auditivo, mas sim o sistema endócrino, especialmente as glândulas que produzem o cortisol e outros corticosteróides.
Desta maneira, níveis de ruído a partir de 45 db podem ser nocivos à saúde humana, quando a diferença de medição for maior que 3 dB do nível de ruído de fundo.
Já a partir de 55 dB pode-se considerar uma fonte sonora como incómodo. Se este nível de ruído permanecer por um período de tempo longo, a produção pessoal pode cair e a sensação de mal-estar de quem está submetido a esta fonte sonora pode aumentar enormemente. Emissões sonoras entre 60 a 75 db produzem stress físico. Este tipo de poluição sonora pode determinar uma hipertonia arterial (aumento da pressão sanguínea) e provocar doenças circulatórias, como o
enfarte do miocárdio (ataque do coração) e até mesmo serem a causa de úlceras estomacais.
Poluição Sonora Urbana
Além das fontes de ruídos mais comuns (citadas anteriormente), existe uma grande variedade de fontes sonoras nos centros urbanos, como:
sirenes e alarmes, actividades recreativas, entre outras, que em conjunto denomina-se “Poluição Sonora Urbana”.
Características principais
.Não deixa
resíduos (não tem efeito acumulativo no meio, mas pode ter um efeito acumulativo no homem).
.É um dos
contaminantes que requer menor quantidade de energia para ser produzido.
.Tem um raio de acção pequeno.
.Não é transportado através de fontes naturais, como por exemplo, o ar contaminado levado pelo
vento, ou um resíduo líquido quando é transportado por um rio por grandes distâncias.
.É percebido somente por um sentido: a
audição. Isto faz com que muitas pessoas subestimem seu efeito.
Prevenção de problemas causados por ruídos e outros sons poluentes
.Redução do ruído e demais sons poluentes na fonte emissora
.Redução do período de exposição (principalmente para pessoas expostas continuamente a processos que geram muito ruído), quando não for possível a neutralização do risco pelo uso de protecção adequada.
Educação da população
.Uso de protecção nos ouvidos adequada ao risco auditivo.
.Em festas colocar o som com volume adequado ao "Ambiente", evitando-se o volume alto. Não sendo possível, não permanecer por tempo prolongado em ambientes onde se tenha que gritar para ser ouvido pelo interlocutor à distância de um metro.


Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Poluição_sonora"




Trabalho realizado por: Inês Pereira e Bernardo Almeida

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