quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Poesia - Um mundo cheio de cor!



Poesias DO SER INVULGAR




Têm bico e põe ovos
Mas ave não é!
Nada muito bem;
Não é jacaré.
Que ser invulgar!
Já sabes de quem
Estou a falar?
É um ser de verdade,
Mamífero diferente
Da generalidade.
A sério! Não brinco:
É o ornentorinco.

Poesias DO SER INVULGAR.

Autor: Antonio Augusto
Recolha de Pedro Ricardo
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Os nomes

Porque é que me chamo coelho
E não me chamo melão?

Porque é que me chamo lagartixa
E não me chamo cão?

Porque é que me chamo uva
E não me chamo chuva?

Porque é que me chamo Maria do Céu
E não me chamo chapéu?

Porque é que me chamo pedra
E não me chamo perna?

Porque é que me chamo cebola
E não me chamo papoila?


Porque é que me chamo casa
E não me chamo asa?

Porque é que me chamo sol
E não me chamo lua?

Porque é que me chamo lua
E não me chamo caracol?

Cada coisa tem o seu nome
Para assim ser conhecida.
Mas se tivesse outro nome
Em voz daquele que tem,
Lá voltaria outra vez…
A pergunta retirada:
“Porque é que eu me chamo assim?”

Titulo: conversas com versos
Autora: Maria Alberta Meneres
recolha de: Filipa Barros e Sofia Santos
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Viva Dom Quixote



Era uma vez um cavaleiro vindo de lá Mancha

sobre o dorso do fogoso Rocinante

que nas suas errâncias de aventura,

deu mais nobreza á própria literatura,

a qual, olhando-o de relance,

o transformou num mito que perdura

e fez dele eterna personagem de romance.



E este cavaleiro dito de triste figura

tornou-se grande por se diferente,

bastante para seguir em frente,

herói de uma rara cavaleira

que sem ser cruel ou insolente

conseguiu, em prosa, dar triunfo á poesia.

Recolha de Inês Ferreira Cruz, 5ºG, A.P.


Titulo do Livro: Viva Dom Quixote
Autor: José Jorge Letria


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Cão,
Que faz -ão, ão, ão,
É bom amigo como os que são!
E bom amigo, bom companheiro,
É valente, fiel, verdadeiro,
Leal, serviçal,
E tem bom coração.
Que o diga o seu dono, se ele o tem ou não!

No tempo do meu avô
Ó ave , já havia o teu voo.

O meu bisavô bisava
E já o mar azulava.

Já o meu trisavô trisouvera
Já o sol de hoje era
Neste verso escondido

Sou ou não sou crescido?

AUTOR: Mário Castrim Livro: moeda do sol
recolha de Santa e Nogueira
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Bichinha gata
Bichinha gata que comeste tu?
Sopinhas de mel guardaste-me delas
Guardei, guardei.
Onde as pusestes? Atrás da arca.
Com que as tapastes com o rabo da gata.
Sape gato lambareiro tira a mão do açucareiro.
Recolha de Miguel
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A natureza
Árvores bem cuidadas,
Verdinhas, bem semeadas,
Plantadas em terra fresca,
A crescer sempre asseadas…

É uma tulipa amarela,
Muito bonita como uma donzela,
A brilhar à janela,
Todos os dias penso nela!

Pêssegos, morangos, melancia,
Quando eu comia eu sorria
Bananas, cerejas, figos,
Para todos os meus amigos…

Inês Nogueira e Maria Santa 5G

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A moeda
Ao fim da tarde
Uma rodela de
Ficou na ponta da pedram mais alta.

Lancei-me a correr
A ver se apanhava
A moeda de ouro.

Mas quando lá cheguei
Já a noite a tinha guardado
No bolso do capote
Para comprar
O dia seguinte.

Autoritário de Mário Castrim
Livro: conto estrelas em ti
Recolha Beatriz Lau

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A sereiaCom o banheiro fui falar,
Para ele me esclarecer
Acerca de umas ideias
Em que andava a matutar
E que tinha tudo a ver
Com a existência de sereias
Nas profundezas do mar.

O banheiro tossicou,
Respirou fundo e falou:
«Eu já vi uma sereia,
A passear pela areia.
O dia estava cinzento,
Levantou-se muito vento,
E ela desapareceu,
Para onde, eu não sei;
Sua morada não me deu
E a vê-la não tornei…»

Fui-me embora a magicar:
Quando viria a sereia
Das profundezas do mar?

Do livro: casinha na praia
Autora:
Maria Teresa Maia Gonzalez
Ilustrações de:
Helena Simas

Recolha de:
Filipa Barros e Sofia Santos
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Professor,
diz-me porquê
professor, diz-me porque
porque voa o papagaio
que solto no ar
que vejo voar

tão alto no vento
que o meu pensamento
não pode alcançar?

Professor, diz-me porquê
Porque roda o meu pião?
Ele não tem nenhuma roda
E roda gira rodopia
E cai morto no chão…

Alice Gomes, Brincar Também é Poesia.
Recolha de Diogo e Ruben

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Poesia viva dom quixote
Era uma vez um cavaleiro, dito de triste figura,
que se armou de lança e sonho
e também de rija armadura
para enfrentar moinhos feitos gigantes ,
e para, sendo personagem de aventura ,
dar forma ao engenho de Miguel de Cervantes ,
escritor de talento imenso
que perdeu a mão esquerda em Lepanto,
mas não perdeu a magia
de em prosa fazer poesia
para nosso consolo e espanto .

Viva Dom Quixote, José Jorge Letria e Raffaello Bergonse
Recolha de Catarina Santos

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