terça-feira, 5 de junho de 2007

Madre Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu no dia 26 de Agosto de 1910 em Skopje, República da Macedónia, no seio de una família de origem albanesa. Depois de ter transcorrido a adolescência empenhada fervorosamente nas actividades paroquiais, Agnes deixou a sua casa em Setembro de 1928, então com 18 anos, entrando no convento de Loreto em Rathfarnam, (Dublim), Irlanda.
Foi enviada para Darjeeling (Índia) onde tanta miséria tocou o seu coração. Aqui fez o noviciado. No dia 24 de Maio de 1931, emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência e, daquele dia em diante, foi chamada de Madre Teresa.
No dia 10 de Setembro de 1946, no trem que a conduzia de Calcutá para Darjeeling, Madre Teresa recebeu aquilo que ela chamou de chamada para que renunciasse a tudo e seguisse Cristo indo para os subúrbios, a fim de servi-Lo entre os mais pobres.
Um ano depois, pediu autorização a Mons. Périer para deixar as Irmãs de Loreto, "para viver só, fora do claustro tendo Deus como único protector e guia, no meio dos mais pobres de Calcutá." A resposta de Pio XII chegou no dia 12 de Abril de 1948. Nela se concedia a desejada autorização sublinhando-se que, embora deixando a congregação de Nossa Senhora de Loreto, a Irmã Teresa continuava religiosa sob a obediência do arcebispo de Calcutá. Só em 08 de Agosto de 1948 ela deixou o colégio de Santa Maria. Depois dirigiu-se para Patna, para fazer um breve curso de enfermagem que julgava de imensa utilidade para a sua actividade futura.
Em 21 de Dezembro obtém a nacionalidade indiana. Começou por ensinar jovens que aos poucos foram aumentando em número. Tendo abandonado o hábito da Congregação de Loreto, a Irmã Teresa comprou um sari branco, debruado de azul e colocou-lhe no ombro uma pequena cruz. Será o seu novo hábito, o vestido duma modesta mulher indiana. Com o alfabeto a irmã dava lições de higiene (muitas vezes iniciava a aula lavando a cara aos alunos) e de moral. Depois ia de abrigo em abrigo levando, mais que donativos, palavras amigas e as mãos sempre prestáveis para qualquer trabalho.
Ao longo dos anos 50 e no inicio dos anos 60, Madre Teresa alargou o âmbito das Missionárias da Caridade tanto dentro Calcutá, como em toda a Índia.
Do final dos anos 60 até 1980, as Missionárias da Caridade cresceram tanto em número de casas de missão abertas em todo o mundo, como no número dos seus membros. Madre Teresa abriu fundações na Austrália, no Vizinho Oriente, na América do Norte, e o primeiro noviciado fora de Calcutá em Londres.
A 15 de Outubro de 1979 Madre Teresa recebeu o Premio Nobel pela Paz. No mesmo ano existiam já 158 casas de missão.
Ainda no mesmo ano, João Paulo II recebe-a em audiência privada e ela converte-se, sem nunca ter estudado diplomacia, na melhor "embaixadora" do Papa em todas as nações, fóruns e assembleias do universo.
Muitas universidades lhe conferiram o título "Honoris Causa". E ainda em 1980, recebe a Ordem "Distinguished Public Service Award" nos EUA. Em 1981, inaugura em Berlim oriental a primeira das suas fundações em países submetidos ao marxismo. Anos mais tarde, será recebida por Mikhail Gorbachov e abrirá uma casa na Rússia. E o mesmo fará em Cuba.
Em 1983, estando em Roma, sofre o primeiro grave ataque do coração. Tinha 73 anos, mas não desistiu e continuou a viajar pelo mundo em prole das suas missões. Em Setembro de 1985, é reeleita Superiora das Missionárias da Caridade pelo Capítulo geral da Congregação.
Morre a 05 de Setembro de 1997, depois de sofrer uma última parada cardíaca. Uma fila de quilómetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava a ser velado. Ao fim de uma semana, como muitos milhares de pessoas ainda queriam dizer-lhe o último adeus, o corpo da Madre foi transladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente.

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